mundial.
Me refiro a Síria, que vem sofrendo com uma guerra civil,
entre três grupos distintos, a população
insurgente, o Estado Islâmico e o governo, três forças
antagônicas, um conflito que está longe de acabar.
Mas
afinal o que desencadeou este cenário atípico? Se
formos buscar as origens do conflito, iremos observar que talvez cada
um de nós, de alguma forma, alguns mais e outros menos,
contribuíram para as causas, que tiveram como conseqüência,
a guerra e milhões de refugiados mundo afora.
Trago
neste artigo um alerta, para podemos observar que, quando a situação
estar grave, significa que ainda pode piorar, convulsões
sociais acabam saindo do controle e levando ao fortalecimento de
grupos que tem como principal objetivo, se aproveitarem das
fraquezas, para tomarem o poder.
Em
2006 a 2009, uma seca, advinda das mudanças climáticas,
nunca antes vista na região, assolou a Síria
severamente. Descrita como a pior
registrada na história do país. A seca destruiu a
agricultura na região conhecido como o celeiro da Síria,
ao norte do país, forçando os produtores migrarem para
as cidades, onde a pobreza agravada pela má gestão
governamental, que não suportou o grande êxodo rural,
colapsando os serviços públicos, devido a grande
demanda nos centros urbanos, somados a outros fatores políticos,
provocaram o mal-estar social que explodiu em março de 2011.
O
Observatório da Terra Lamont-Doherty, da Universidade de
Columbia, nos Estados Unidos, em um estudo realizado sobre
Clima/guerra, considera “provável que uma seca sem
precedentes que assolou a Síria entre 2006 a 2010, avivada
pela mudança climática provocada pela atividade humana,
pode ter ajudado a impulsionar o levante sírio em 2011”.
“Não
estamos dizendo que a seca provocou a guerra”, alertou Richard
Seager, cientista especializado no clima e co autor do estudo
publicado no dia 2/ 03/ 2015. “Dizemos que, somado aos demais
fatores, ajudou as coisas a passarem para o conflito aberto. “E uma
seca dessa gravidade se fez muito mais provável pela aridez
atual dessa região, induzida pelo homem”, acrescentou.
Doreen
Stabinsky, professora de política ambiental na Universidade do
Atlântico, dos Estados Unidos, tem declarado que evidentemente,
a guerra na Síria é uma situação
complexa, que não pode ser entendida que unicamente a seca e o
colapso dos sistemas agrícolas a provocaram. “Mas sabemos
que a produção agrícola será uma das
primeiras vítimas da catástrofe climática que
está se desenvolvendo”, afirmou.
Na
área do nordeste da Síria, o gado desapareceu, por
inanição, os preços dos cereais dispararam, em
um crescente drástico, as doenças derivadas da má
nutrição entre as crianças assolaram
impiedosamente. Cerca de 1,5 milhão de pessoas evadiram-se das
zonas rurais para as periferias das cidades, já fragilizadas
pelo acolhimento de refugiados da guerra no Iraque. O governo de
Assad não fez o suficiente para melhorar a questão do
desemprego e oferta de serviços públicos nestes
subúrbios, o levante de 2011 começou em grande parte
nestas áreas.
As
cidades superlotadas e com pouco acesso ao básico, como
emprego, moradia e alimentação, dar-se início ao
levante popular que começa na clandestinidade, nos grafites
nas paredes de Daraa. O governo de Bashar al-Assad, empreende uma
forte repressão e desperta grandes manifestações
populares em todo o país. As manifestações
contrariaram as expectativas de especialistas internacionais, que
avaliavam que a Síria viria a protagonizar mais um episódio
da Primavera Árabe, erraram. Ocorre uma convulsão
social e uma explosão de manifestações e mais
repressão.
Aqui
nos questionamos, sobre qual papel as questões climáticas
desempenharam, para desencadear a crise Síria? De acordo com
muitos correspondentes internacionais de guerra, especialistas
subestimaram as conseqüências da extensão da seca
na região, estima-se que pode acabar com metade da produção
agrícola do país até 2050, caso o ritmo de
emissões de GEES (gases de efeito estufa) permaneçam
nos níveis atuais. Em resumo, o que acontece na Síria e
o que poderá acontecer em outras regiões do mundo.
Teríamos um cenário de guerra quase que global, pela
busca de água e os benefícios oriundos desta.
Em
março de 2015 o NYTimes
noticiou às conclusões de um
estudo que foi publicado no jornal científico Proceedings
of the National Academy of Sciences of the USA
neste é apontado uma ligação forte entre
mudanças climáticas e conflito humano, a falta de água
e a convulsões sociais . Alerto para o problema da falta
d'água na região Nordeste e Sudeste do Brasil.
Uma charge em quadrinhos que ilustra o artigo:
Deixo
aqui meu clamor, para que todos tenham responsabilidade ambiental, no
meu caso, construí grandes cisternas em uma propriedade que
tenho, prevendo mudanças no regime de chuvas, e já tenho
mecanismos caseiros para dessalinização de água
do mar, uma vez que estou próximo a ele, onde posso me suprir
em alimento e em água potável pela evaporação,
desencadeada pelo calor ou vento. No caso do vento basta ter um tela
de nylon, montada em uma estrutura elevada, que esta absorve a água
evaporada pelo vento à noite, em forma de sereno e é
canalizado para recipientes. Garrafas pets pintadas de preto com água
salina, expostas ao sol, evaporam a água e este vapor é
coletado em canos de PVC e canalizado para reservatórios.
Medidas simples que vai te suprir diariamente de quantidade
suficiente de água potável, para consumo humano.
Não
adianta levantar o problema, sem ter um horizonte de solução,
eis minha contribuição, não podemos depender
exclusivamente de governos para a oferta de água. Mais
informação de como captar água, sem que seja
necessariamente da chuva nos links abaixo:
Por @OTogaPreta
' “Não estamos dizendo que a seca provocou a guerra”, alertou Richard Seager, cientista especializado no clima e co autor do estudo publicado no dia 2/ 03/ 2015. “Dizemos que, somado aos demais fatores, ajudou as coisas a passarem para o conflito aberto. “E uma seca dessa gravidade se fez muito mais provável pela aridez atual dessa região, induzida pelo homem”, acrescentou. '
ResponderExcluirÉ claro que o home muda definitivamente uma paisagem, para o bem ou para o mal. É bastante que as mentes governantes estejam empenhadas em realmente melhorar a vida de seus povos.
Excelente artigo, amigo. Parabéns!
Olá! Parabéns e obrigada!
ResponderExcluirSeu artigo excelente, dá-nos a exata compreensão das nossas responsabilidades individuais e coletivas, no mundo, pois, se cooperamos para o aquecimento global, se maculamos a sustentabilidade ambiental, sem dúvida, sofreremos tais consequências que, desembocarão em discórdias cujas dimensões serão catastróficas como sói ocorrer na Síria a par de todas as outras questões, como as políticas, as sociais e econômicas, enfim, triste lembrar que o "homem é o lobo do homem"! Assim, expressou-se o filósofo inglês da Idade Moderna, Thomas Hobbes (1588/1679).
Paz e bem!